segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Capítulo um

Meu nome é Beatriz Lacerda , tenho 20 anos , cabelo longo e loiro  , olhos cor de mel , estudante de enfermagem , sou muito timída e apaixonada por animais . Moro com os meus pais que são a minha vida , meu pai é dono de uma loja de calçados , minha mãe é pediatra . 
Tenho um namorado carinhoso , lindo e que eu sou completamente apaixonada na verdade eu sou apaixonada por ele desde os meus 16 anos , tenho amigos insubstituíveis , minhas melhores amigas de faculdade são Simoni e Sabina - é bem engraçado mais o nome dela de verdade é assim ''Sabina'' . 
Elas sempre pegam no meu pé por ser muito séria , não gostar muito de ir a balada , sempre que saia estava acompanhada do meu namorado - a esqueci de contar o nome dele é Paulo tem 21 anos , cabelo arrepiado , olhos negros , e bem alto , por onde passava chamava atenção . 

Ele gostava muito de moto , carro essas coisas e andava rápido na estrada sempre lhe chamava atenção por isso , pois ele já tinha sofrido dois acidentes , mais ele nunca escutava continuava andando rápido por onde passava . 
Um dia eu estava na faculdade junto com as minhas amigas Simoni e Sabina , quando recebo um telefonema era a irmã dele Izabelle , estava completamente desesparada no telefone : 
- caalma Izabelle , me conta direito o que aconteceu - meu coração batia acelerado , já estava com lágrimas nos olhos 
- o Paulo sofreu um acidente horrível , vem pro hospital 
Naquele momento eu fechei os olhos coloquei o celular em minhas pernas , mais um acidente pra coleção do Paulo ? mais eu tinha a certeza que ele iria sair dessa : 
- Beatriz , a sua cunhada ainda fala no telefone 
- aai gente , diz que eu tô indo pro hospital - peguei a minha bolsa e ia saindo da sala , até que elas me chamaram atenção pois tinha esquecido meu celular.- professor licença , preciso ir urgente no hospital 
- aconteceu alguma coisa ? 
Eu não conseguia falar e sai sem dá explicações , peguei o meu carro que estava estacionado e fui em direção ao hospital , no caminho eu chorava desesparadamente , passava na minha cabeça cada momento que eu vivi com o Paulo , nos acidentes que o Paulo sofreu isso nunca tinha acontecido .

(Ouça enquanto ler)



Quando cheguei no hospital a primeira pessoa que vi foi a mãe de Paulo abraçada com o seu Luciano o pai de Paulo , vendo todos chorando não conseguir segurar minhas lágrimas e fiquei no corredor do hospital esperando alguma notícia . Até que sai o médico da sala de cirurgia com uma expressão não muito boa e foi chamando a pessoa mais forte da família , a pessoa que naquele momento não estava chorando : 
- o senhor é o pai do Paulo ? 
- sou sim , como está meu filho doutor ? 
- tentamos fazer de tudo pra seu filho acordar , mais infelismente ele não aguentou a os ferimentos e veio a óbito 
O médico abraçou o seu Luciano que chorou , ele não saberia dá aquela notícia para as pessoas que esperava uma coisa boa , quando eu o vi saindo da sala fui correndo em sua direção : 
- seu Luciano , como é que tá o pedro ? 
Ele não disse nada apenas me abraçou aquele abraço era uma resposta , de que o meu amor a pessoa que eu amei esse tempo todo tinha partido para um outro lugar . Eu chorava abraçada com o meu sogro naquele momento eu não saberia o que eu iria fazer dali pra frente , como eu iria viver sem ouvir a voz do Paulo todos os dias , como eu iria aguentar viver sem os abraços , beijos , o carinho que só ele me dava , quem eu contaria os meus pequenos segredos ele era o único que eu confiava , depois dos meus pais ele era o único que eu contava meus problemas : 
- porque aconteceu isso , eu dou tudo pra ter ele de volta - eu disse ainda abraçada com o meu sogro 
Todos que estavam ali amigos , parentes choravam junto com a gente a mãe do Paulo tinha passado mal e foi levada a uma enfermaria onde foi medicada .

No outro dia era o interro do Paulo o dia mais doloroso pra mim , ver o meu amado indo embora de uma maneira terrível fazendo o meu mundo desabar , quando eu não vi mais o cachão sentei em uma cadeira que tinha ali perto , peguei o meu celular e fiquei escutando uma gravação que ele tinha feito pra mim , ele cantava uma música que tinha feito pra mim . Minhas amigas foram até o meu encontro e viu que eu não estava nada bem , eu não tinha comido desde do dia anterior , não descia nada todos os lugares da minha casa , eu via o Paulo sorrindo , fazendo brincadeiras ''bobas'' mais que me fazia rir . 
Elas me levaram para casa da minha tia onde ela conversou , explicando uma história parecida que tinha acontecido com ela : 
- tia , desde dos meus 16 anos que eu sou apaixonada pelo Paulo , ele é , foi e sempre será o grande amor da minha vida
- Beatriz , você sabe que o Paulo nunca gostou de te ver chorar né ? ele sempre te fez sorrir , até naqueles piores momentos da sua vida , nesse momento ele deve tá te vendo 
Eu fiquei conversando com as meninas , com a minha tia até que saiu um sorrido do meu rosto de algumas coisas que elas me contaram . 

Cada dia que se passava eu sentia mais saudades do Paulo , aulas na faculdade não era a mesma - o Paulo estudava comigo na mesma sala . Visitei várias vezes o seu túmulo , visitei seus pais e quando ia em seu quarto caia em choros .
Fez um ano que o Paulo não estava mais presente com todos , amigos , comigo , seus pais , sempre que eu ia dormir sentia sua presença , sentia seu beijo , seu abraço . Algumas coisas aconteceram foram tipo mensagem como se fosse ele dizendo pra mim , fazer as coisas que eu mais gostasse , saisse com minhas amigas , fosse em um show , descobrisse um novo amor . 
Até que um dia na minha cidade Gramado - Rio Grande do Sul veio um cantor muito conhecido , ele cantava sertanejo e minhas amigas estavam preparando uma surpresa pra mim , tentava descobrir mais nenhuma pista . Uma tarde de sábado por volta dás 15:00 da tarde , o meu celular toca e vejo um código diferente atendo : 
- Alô ? 
- é a Beatriz Lacerda ? 
- é ela mesmo , com quem eu falo ? 
- ooi Beatriz , eu sou o Júnior da Central de Fãs do Luan Santana tudo bem ? 
- tá tudo bem sim , mais quem deu meu número ? 
- é me falaram que você iria fazer essa pergunta mesmo ... 


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